Ganhadores do Prêmio FGV de Responsabilidade Social são anunciados em seminário sobre o tema

No dia 30 de setembro, no Centro Cultural da FGV, no Rio de Janeiro, foram anunciados os ganhadores da primeira edição do Prêmio FGV de Responsabilidade social.

Premiação

Por:

Equipe do Prêmio

O anúncio aconteceu durante o III Seminário de Responsabilidade Social, que reuniu autoridades, especialistas, empresários e gestores sociais para debater o tema sob a ótica do mercado, do governo e do terceiro setor. Também estiveram presentes membros da Comissão Avaliadora e do Conselho do Prêmio. Conheça os ganhadores.

Além da cerimônia de premiação, a manhã contou com um painel sobre investimento social privado, que teve a presença de representantes de grandes instituições, como o Instituto Coca-Cola, o Instituto Península e o Bradesco, e apresentações artísticas da Escola de Música da Rocinha e do Miguelzinho do Cavaco.

Na parte da tarde, em mesas paralelas na sede da FGV, foram debatidos temas como evasão escolar e formação profissional, acesso a serviços básicos de saúde e saneamento, economia circular e mudanças climáticas, bem-estar de mulheres em vulnerabilidade social, regulamentação de fundações e responsabilidade social na reforma tributária.

Mesas temáticas

Na mesa “Redução da evasão escolar e formação profissional no Brasil” foram apresentadas e debatidas experiências de diferentes setores e instituições, como da Escola de Matemática da FGV, da Globo e do Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável, que contribuem para a garantia do direito fundamental à educação. A mediação foi feita por David Francisco, promotor de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, que destacou as complexas desigualdades sociais e a importância da união de forças entre os setores público e privado e do terceiro setor na promoção de projetos educacionais e na inserção de jovens no mercado de trabalho.

Já na mesa de “Economia circular e mudanças climáticas”, foram debatidas as diversas possibilidades de adaptação e de fomento da economia circular, a sua importância e o impacto que as mudanças climáticas têm causado nos diversos setores. Todos os participantes destacaram, com unanimidade, a urgência de repensar suas práticas com o novo cenário. Assim, representantes da Cosan, da BVRio e da UFRJ compartilharam práticas eficientes e refletiram sobre o que ainda precisa de mais estudos. O mediador Tiago Veras, promotor de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, destacou a necessidade de atualização da legislação e de alguns processos para este novo cenário de eventos extremos e de mudanças climáticas.

A regulamentação nacional de fundações foi pauta da mesa com o mesmo nome e que contou com a presença de promotores dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso, do advogado Augusto Nepomuceno, e mediação de Antônio Edílio, procurador da República e conselheiro do CNMP. Foram debatidos os desafios e a necessidade de uniformização das normas e das resoluções, principalmente entre os estados. A mesa temática contou, ainda, com a presença de André Mendonça, ministro do STF, na plateia.

O acesso aos serviços básicos de saúde e de saneamento, como o acesso à água potável, foi discutido também em uma mesa que contou com a presença de Antonio Saldanha, ministro do STJ e coordenador acadêmico do Fórum Permanente de Saúde do FGV Justiça, da Coordenadora de Qualidade Ambiental da Aegea, Maíra Sugawara, e do Diretor-Presidente da Fundação Octacílio Gualberto, Jorge Alberto Torreão Dau. A moderação foi feita por Silvia Finguerut, coordenadora de Cultura e Meio Ambiente da FGV Conhecimento. Os participantes ressaltaram os desafios para a universalização de desse tipo de serviço e o impacto no campo da saúde do alto índice de doenças que contam com veiculação hídrica. Atenção foi dada à sobrecarga que isso causa no Sistema Único de Saúde em diversa regiões do país.

A desigualdade de gênero e as diversas formas de se combater as violências sofridas por mulheres foram os principais temas discutidos na mesa “Saúde e bem-estar de mulheres em vulnerabilidade social”. Ativistas, representantes de institutos e de empresas discutiram estratégias e diferentes formas que atuação que têm como público-alvo as mulheres em vulnerabilidade social. Entre os temas abordados, estavam questões de saúde física e mental, renda, empregabilidade, segurança e o fortalecimento de vínculos entre as mulheres para que, juntas, possam se fortalecer e atuar diante das desigualdades que enfrentam no dia a dia.

A última mesa temática teve como tema “Responsabilidade social na reforma tributária”. Trata-se de uma das principais pautas da agenda política brasileira, que pode impactar o financiamento de projetos sociais e de entidades do terceiro setor. Espera-se que as mudanças que podem vir com a reforma, atraiam novos atores para o terceiro setor.

Nova edição prêmio

Durante o encontro, foi anunciada a nova edição do Prêmio FGV de Responsabilidade Social. A abertura das inscrições está prevista para ocorrer em 20 de novembro de 2024.

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